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Há uma razão pela qual Marraquexe é a cidade mais visitada de Marrocos. Tem tudo o que poderia esperar do país num só lugar: os souks movimentados, os riads cobertos de azulejos e as tajines borbulhantes. É uma viagem para os sentidos, que irá descobrir à medida que se desvia das motas no labirinto das ruas da medina ou ao deixar-se levar pelo cheiro das bancas de especiarias.
Para além de lugares históricos e iguarias da cozinha marroquina, também irá encontrar jardins excêntricos, museus de arte e relaxantes banhos árabes – um escape às multidões na medina. O nosso itinerário de três dias irá mostrar-lhe o que de melhor há para fazer em Marraquexe, incluindo onde comer e ficar, e ainda algumas sugestões de passeios fora da cidade, se pretender estender a sua viagem.
A mesquita Koutoubia domina a paisagem de Marraquexe, sendo uma das primeiras coisas que irá ver quando chegar ao centro da cidade. Data do século XII e destaca-se do resto dos edifícios pela sua torre de arenito, visível por toda a medina. Diz-se que esta estrutura icónica inspirou a construção de outros monumentos religiosos, como a Giralda em Sevilha. Apesar do acesso ao interior estar restrito a oradores muçulmanos, pode sempre admirar cá de fora as paredes e respetivas ameias e ainda os arcos em forma de ferradura. Também vale a pena passear pelos jardins delineados de palmeiras, que oferecem o cenário perfeito para uma fotografia da mesquita. Esteja onde estiver na cidade, irá certamente ouvir o toque de chamada a ecoar da mesquita cinco vezes ao dia, sinalizando o início das orações.
Vá andando em direção à Jemma el-Fna, a praça principal da cidade e a porta de entrada para a baixa de Marraquexe, mais conhecida como a medina. Vindo dos jardins serenos da Koutoubia, os seus sentidos podem ficar um pouco assoberbados pelo ambiente da praça, uma vez que irá encontrar encantadores de serpentes ao lado de vendedores de sumo de laranja e artistas de tatuagens henna, todos a tentar chamar a sua atenção simultaneamente.
A praça tem sido o local escolhido para atuações de rua o mais tardar desde o séxulo XI. Posteriormente tornou-se o local escolhido para um enorme mercado gastronómico, que recebia comerciantes vindos das montanhas. Esta troca cultural em evolução fez com que a praça ganha-se o título de património da humanidade da UNESCO, em 2001. Uma maneira de escapar às multidões é ir até um dos cafés nos terraços ali à volta, como o Café Atay.
Parte de estar em Marraquexe é experienciar os souks. O labirinto de ruas que se ramificam desde a Praça Jemma el-Fna está repleto de todo o tipo de vendedores, a vender de tudo, desde carpetes e peles a lanternas e especiarias. Terá de se encaminhar pelas ruelas estreitas, enquanto se mantém atento às motas velozes e às carroças de burros que passam todos pelas mesmas passagens apertadas. Pode facilmente passar algumas horas a ver as bancas ao longo destas ruas. Se focar a sua atenção num item em específico por algum tempo, poderá ter uma oferta do vendedor, mas é mais que bem vindo a negociar a mesma.
A nossa próxima paragem é o Ben Youssef Madrassa. Fundado no século XIV, o Ben Youssef foi outrora um dos maiores centros de aprendizagem do Alcorão no Norte de África. A certa altura recebeu cerca de 1000 estudantes. Hoje em dia, atrai quase tantos visitantes, que procuram contemplar o seu pátio ornamentado. Irá ver pessoas a tirar fotografias com os mosaicos coloridos, com a madeira trabalhada e com a piscina espelhada. No piso de cima estão os antigos quartos dos alunos, que são bastante mais simples e austeros.
Numas ruas antes do Ben Youssef, perto do portão de Bab Debbagh, estão algumas das oficinas de curtumes de Marraquexe. Nos tempos medievais, o setor dos curtumes era uma das indústrias principais da cidade, e nos dias de hoje ainda está ativo. No entanto, não é para os mais frágeis, graças ao odor intenso a amoníaco que domina as oficinas. A Associação Sidi Yacoub é uma das maiores cooperativas a operar. Recebe visitantes de forma gratuita, no entanto muitos irão tentar convencê-lo a comprar uma visita guiada. Se não quiser dar gorjetas para entrar, é melhor contratar um guia oficial, que irá levá-lo até aqui durante um passeio à medina. De manhã, pode ver por todo o lado os artesãos a dobrar as peles nas suas oficinas.
Já viu a praça Jemma el-Fna durante o dia, mas a atmosfera é bastante diferente durante a noite. Os locais instalam o mercado noturno, com uma variedade de barracas de comida repletas de iguarias marroquinas, como tajines, peixe frito e ensopado de caracol. Aproveite para ver o pôr do sol num dos terraços ali à volta, e ganhe uma nova perspetiva da cidade. Após o jantar, vá tomar uma chávena do chá tradicional de especiarias, conhecido como khoudejnal, numa das barracas de chá na ponta sul da praça.
Passe o segundo dia a explorar a zona sul de Marraquexe, começando com o Palácio Bahia. Este palácio do século XIX é um deleite para os olhos, atraindo visitantes graças aos seus impressionantes pisos de mosaico, tetos de esculpidos em cedro e jardins exuberantes. Foi construído inicialmente pelo Grand Vizier Si Moussa, mas foi expandido e embelezado pelos seus sucessores.
O espaço inteiro estende-se por quase 8000 metros quadrados, mas o pátio principal pavimentado a mármore é sem dúvida o que mais se destaca. Apesar das dimensões, apenas alguns quartos estão abertos ao público. O que também vale a pena espreitar é o Petit Riad. Tem um salão coberto de frases do Alcorão e casas tradicionais que fazem lembrar a medina. Já o Grand Riad está rodeado por fontes e plantas e o salão está adornado com vitrais coloridos. Certifique-se de chegar cedo, se quiser evitar os grupos grandes das excursões.
Apenas a alguns passos do Palácio Bahia está o Mellah, o antigo bairro judeu da cidade. Vale a pena passear por estas ruas e observar as diferenças entre esta zona e a medina. Irá reparar num maior número de varandas, assim como de ruas estreitas, e obviamente também na sinagoga local. A maioria dos residentes judeus foram expulsos daqui em 1558 pelo sultão saadi Abdullah al Ghalib. Dentro do bairro está ainda um cemitério judeu de tamanho considerável, que está aberto ao público.
Continue para oeste e irá deparar-se brevemente com o Palácio El Badi. Restam apenas algumas secções deste edifício do século XVI, que foi saqueado pouco depois de ser construído. Hoje em dia, serve de retiro das multidões e é o local de eleição das cegonhas para construírem os seus ninhos. Passe algum tempo a explorar os jardins do pátio e visite as exposições sobre a história de Marraquexe.
Do El Badi pode chegar facilmente aos túmulos Saadianos, que ficam atrás da Mesquita Kabash. Este é o local de repouso do sultão Ahmad al-Mansur, o rei dourado, que governou Marrocos durante os séculos XVI e XVII. O túmulo foi construído como demonstração do poder e riqueza do sultão, daí os azulejos ornamentados, o mármore italiano e o trabalho de pintura. O destaque aqui é a Câmara das Doze Colunas, onde o sultão e os filhos estão enterrados. As câmaras à volta também albergam outras figuras proeminentes da corte.
Comece o dia na parte nova da cidade, onde irá encontrar o Jardin Majorelle. Este oásis incrível foi inicialmente pensado pelo pintor francês Jacques Majorelle e posteriormente restaurado pelo designer de moda Yves Saint-Laurent, quando o comprou na década de 1980. Os cactos e palmeiras altas destacam-se à volta do estúdio de art deco pintado de um azul vibrante - um dos edifícios mais icónicos do jardim. Há centenas de espécies de plantas, vindas de todo o mundo. Este é um dos locais mais visitados da cidade, por isso tente chegar aqui antes das 10 da manhã para evitar multidões. Comprar bilhetes online também pode ajudar a entrar mais rápido. Para além dos jardins há também um café, uma livraria e o Musée Berbère, que se foca na cultura indígena de Marrocos. De sexta a segunda, também pode aceder aos jardins Villa Oasis anexados ao Jardin Majorelle, que abriram ao público em 2018.
Ao lado dos jardins está o Musée Yves Saint-Laurent. Pode comprar bilhetes que juntam a visita aos dois sítios, passando a manhã a visitar os espaços. O museu fica num edifício modernista, feito a partir de mármore e pedra marroquina, coberto com tijolos, dispostos de uma maneira que faz lembrar tecido. Lá dentro está uma coleção de desenhos e conjuntos de alta costura da autoria de Yves Saint-Laurent. O objetivo de toda a exposição é mostrar a maneira como o tempo passado pelo designer em Marrocos inspirou o seu trabalho. Foi o seu companheiro, Pierre Bergé, quem planeou este repositório.
Durante a tarde retorne à Medina para visitar a Maison de la Photographie. Esta galeria tem uma incrível coleção de fotografia marroquina vintage. As fotografias datam dos séculos XIX e XX e foram recolhidas por Hamid Mergani, natural de Marraquexe, e pelo parisiense Patrick Manac’h, que partilhavam a paixão pela fotografia. Há milhares de fotos no seu repositório, mas apenas algumas estão expostas neste edifício de três pisos, dando-lhe um vislumbre do passado de Marrocos. Algumas delas estão impressas e disponíveis para venda. Depois de conhecer a exposição siga para o café no terraço do edifício, para beber um chá e comer um bolo de pastelaria.
Siga alguns minutos para oeste, em direção ao Le Jardin Secret. Situado à volta de um riad centenário, este jardim pacífico parece estar a quilómetros de distância da confusão da Medina. As plantas são regadas por um antigo sistema subterrâneo de irrigação, conhecido como khettara. Este tipo de sistema foi introduzido pelos Almorávidas no século XI para distribuir água pelas mesquitas, fontes e hammams da cidade. Há dois jardins aqui, um com árvores de origem islâmica, como figueiras e romãzeiras, e um mais exótico, com plantas de todo o mundo.
Há melhor maneira de terminar a sua viagem a Marraquexe que a relaxar num hammam local? Estes banhos a vapor estão espalhados por toda a cidade, com um misto de opções privadas e públicas. O Les Bains d’Orient, no coração da Medina, está entre os mais populares, oferecendo uma variedade de rituais e massagens. No fim, pode mimar-se com um chá no terraço do espaço.
Há cerca de 12 campos de golfe em Marraquexe e nos arredores, cada um com características únicas. Os mais populares são o Assoufid Golf Club, o Royal Golf de Marrakech, o Golf Amelkis e o Al Maaden Golf Resort. Destes, os mais perto do centro são o Royal Golf e o Amelkis, ambos a 15 minutos de carro da cidade. O Royal está também entre os campos de golfe mais antigos de Marrocos, tendo sido fundado em 1923. Um pouco mais longe fica o Assoufid, um dos melhores campos de golfe de Marrocos, situado ao longo do deserto. Muitos destes oferecem vistas para as montanhas do Atlas, fazendo desta uma experiência de jogo única.
Todos os hipódromos em Marrocos têm solos arenosos, e os de Marraquexe não são uma exceção. Inaugurado em 2017, o hipódromo de Marraquexe (Hippodrome de Marrakech) é uma pista circular que se estende por quase 1400 metros. Recebe vários campeonatos internacionais, apesar de haver um foco no setor árabe e as provas acontecem desde fevereiro a junho e de setembro a dezembro. Se vier do centro de Marraquexe é uma viagem de 30 minutos de carro para oeste.
Marrocos em si é bastante orientado para famílias, e as crianças são bem-vindas na maioria dos locais em Marraquexe. Apesar da cidade ser por vezes um pouco caótica, também há espaço para relaxar. Deixe bastante tempo para explorar os monumentos icónicos da cidade e escolha um hotel com instalações dedicadas às crianças. Uma piscina pode ser agradável no verão, mas também pode comprar um passe diário para um hotel ou visitar o parque aquático Oasiria, ali perto.
Apesar de não haver muitos parques infantis, há bastantes jardins onde pode descansar. O Parque Cyber e o Jardin Harti são algumas das opções gratuitas. Se procurar fazer um passeio de camelo siga para Palmeraie, alguns quilómetros a norte. Alternativamente, pode marcar uma visita ao deserto.
Se tiver crianças pequenas, informe-se sobre parques de diversão como o Palooza Land e o Ludiparc, ambos situados fora da cidade. Também nos arredores fica o Anima (Jardim André Heller), um enorme jardim botânico repleto de esculturas coloridas, que vale a pena explorar com toda a família.
Outra atividade divertida é experimentar as iguarias da cozinha da cidade juntando-se a um passeio gastronómico ou a uma aula de culinária. Alguns hotéis podem organizar isto por si, mas também pode contactar serviços diretamente, como é o caso do Centro Amal de formação para mulheres.
A melhor altura para visitar Marraquexe é por volta da primavera e do outono, para dias solarengos e temperaturas amenas. Visite entre março e maio para experienciar os jardins da cidade em flor e aproveitar ao máximo os terraços. As noites são ligeiramente mais frias no outono, por isso certifique-se de trazer um agasalho se planear estar na rua até mais tarde. É de notar que o Ramadão é normalmente celebrado no início de março, por isso alguns lugares podem ter horários de abertura limitados. Os verões podem ser escaldantes, com temperaturas a ultrapassar os 40ºC frequentemente. Se planear vir por volta desta altura, guarde os passeios a pé para as manhãs e noites, para evitar as horas de maior calor. Já o inverno pode ser bastante frio, com algumas zonas como as montanhas do Atlas a receber neve.
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