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Apenas 38 quilómetros separam Avignon de Arles, mas não poderiam ser mais distintas. Arles está profundamente enraizada na história romana antiga, enquanto Avignon está repleta de edifícios góticos e renascentistas. No século XIV, Avignon foi a sede da Igreja Católica, tornando-se uma das cidades mais importantes da Europa. Esta grandiosidade é evidenciada no magnífico Palais des Papes, residência dos papas e o maior edifício gótico do mundo. Estas diferenças tornam ideal visitar ambas numa única viagem, garantindo que o tédio não será um problema. Ficará maravilhado tanto com os edifícios antigos bem preservados de Arles como com os tesouros alojados nos inúmeros museus e galerias de arte de Avignon.
Preparámos um itinerário de três dias por Avignon e Arles que cobre todos os principais destaques. Caso tenha mais tempo, sugerimos outros locais a visitar em cada cidade e nas proximidades, bem como onde comer e ficar hospedado.
Comece o seu tour por esta ponte, também conhecida como Pont d’Avignon. Data do século XII e ligava originalmente a França ao território papal. Infelizmente, uma grande cheia destruiu grande parte da ponte no século XVII, e nunca foi reconstruída. Das 22 arcadas originais, restam apenas quatro, mas o que permanece é belo e permite imaginar como era Avignon quando era o centro da Europa. Ao chegar à ponte, receberá um guia áudio e poderá visitar a torre de defesa da travessia, a Tour Philippe-le-Bel, bem como a Capela de São Nicolau, situada sobre o segundo arco. Talvez já tenha ouvido a famosa canção francesa Sur le Pont d’Avignon, sobre uma dança debaixo da ponte, escrita no século XV e ainda popular nos dias de hoje.
A um minuto a pé, a caminho do Palais des Papes, encontrará um palácio mais pequeno, o Petit Palais, um belíssimo edifício construído em estilo renascentista. O Papa Júlio II mandou renovar o palácio no início do século XVI, mantendo-se praticamente inalterado desde então. Hoje, é um museu de arte que alberga peças medievais, incluindo 327 pinturas e 600 esculturas criadas por artistas franceses e italianos dos períodos gótico e renascentista. Quase todas foram encomendadas para igrejas de Avignon no século XIV, sendo um dos destaques a Virgem e o Menino, de Botticelli.
A cinco minutos a pé, junto ao Palais des Papes, encontra-se a catedral, construída no século XII e que merece uma visita. No seu interior, verá magníficas obras de arte e esculturas, incluindo uma impressionante estátua da Virgem Maria do século XIV. O altar-mor barroco é ricamente ornamentado, e a torre de 47 metros de altura pode ser escalada para uma vista espetacular da cidade. Atualmente, a entrada é gratuita.
Depois de explorar a catedral, siga para o vizinho Palais des Papes. Este enorme palácio é uma impressionante construção gótica e um Património Mundial da UNESCO. Há um guia áudio para acompanhar a visita, bem como histopads interativos. Dos 24 salões abertos ao público, todos estão decorados como na época em que os papas ali residiam. As paredes estão adornadas com frescos de 700 anos, pintados pelo artista gótico Matteo Giovanetti. Pode subir ao topo do palácio e caminhar ao redor de uma torre, de onde se tem vistas magníficas.
A apenas quatro minutos a pé, chega-se à principal praça de Avignon, a Place de l’Horloge, onde se encontram a câmara municipal e a ópera. Atrás do edifício da câmara, pode ver a torre do relógio que dá nome à praça. Este é o local perfeito para almoçar, pois, no verão, metade da praça é ocupada por mesas de restaurantes, permitindo desfrutar de uma refeição ao ar livre. Além disso, a praça acolhe eventos durante o Festival d’Avignon e, em dezembro, recebe o mercado de Natal.
Depois de uma manhã agitada e um almoço tranquilo e prolongado, há apenas duas paragens à tarde, mas ambas requerem tempo para serem devidamente apreciadas. A primeira é o Palais Du Roure, a apenas dois minutos da Place de l’Horloge. Este palácio pertenceu à família Baroncelli até 1918, quando a escritora Jeanne de Flandreyse o adquiriu. No seu testamento, deixou o palácio do século XV para a cidade, e hoje é um museu que retrata a história, a língua, a literatura e as tradições da Provença. Um dos destaques é a grande coleção de sinos pertencente a Jeanne. A entrada é gratuita, e há visitas guiadas disponíveis.
A três minutos a pé encontra-se a Basilique Saint-Pierre d’Avignon, um edifício gótico construído no século XIV sobre os vestígios de uma igreja do século VII, possivelmente destruída pelos mouros. Antes de entrar, pare um momento para admirar as portas ornamentadas, que foram esculpidas mais tarde do que a estrutura original da igreja. Antoine Volard, um escultor renomado, criou estas portas em nogueira no ano de 1551, e são espetaculares. No interior, poderá ver uma mistura de estilos: pinturas renascentistas e barrocas decoram as paredes, e há um coro dourado do século XVIII. Aqui estão também guardadas as relíquias do século XV de São Pedro, bem como as suas vestes e chapéu cardinalício.
O seu segundo dia será repleto de museus e galerias de arte, todos a curta distância uns dos outros, abrigando verdadeiros tesouros. Comece a sua exploração no Musée Louis Vouland, instalado na antiga residência do empresário Louis Vouland. O museu apresenta pinturas provençais dos séculos XVIII ao início do século XX, incluindo obras do artista Joseph Vernet, natural de Avignon. Além das pinturas, poderá admirar tapeçarias, mobiliário de época, porcelanas e relógios. Após visitar o museu, aproveite para dar um passeio pelo seu jardim encantador.
A dois minutos a pé encontra-se o Musée Calvet, fundado há 200 anos. Abriga a coleção de arte e biblioteca do médico e colecionador Esprit Calvet, nascido em Avignon, que doou o seu acervo à cidade. Desde então, o museu expandiu-se, incorporando arte, achados arqueológicos e arte decorativa. O departamento de Egiptologia é particularmente impressionante e não deve ser ignorado. Entre os objetos expostos, destacam-se sarcófagos, vasos canópicos e uma mesa de oferendas. A entrada é gratuita.
A poucos passos de distância encontra-se o Musée Requien, o museu de história natural de Avignon, que fascinará tanto crianças como adultos. O museu alberga cerca de 400.000 amostras botânicas, 416.150 amostras geológicas e uma vasta coleção de taxidermia e esqueletos. A entrada também é gratuita.
A três minutos a pé encontra-se um dos museus mais recentes da cidade, fundado em 2000. Apresenta obras de arte contemporânea, incluindo pinturas, fotografias, vídeos e esculturas desde os anos 1980, com trabalhos de Anselm Keifer e Cy Twombly. O museu foi criado pelo negociante de arte Yvon Lambert, que doou grande parte da sua coleção à cidade. Em 2009, fez uma nova doação de 560 peças de arte. O museu está instalado em dois hotéis do século XVIII: a coleção permanente encontra-se no Hôtel de Caumont, enquanto as exposições temporárias decorrem no Hôtel de Montfaucon.
Se já estiver pronto para o almoço, pode experimentar o La Violette, o restaurante do museu, localizado no Hôtel de Caumont. O menu apresenta pratos de fusão criativa, como sopa de gyoza com legumes, caril vermelho e leite de coco, ou risoto de cogumelos com vieiras. Para sobremesa, pode deliciar-se com um mille-feuille de baunilha ou um Mont Blanc. Todos os pratos são feitos na casa.
A apenas três minutos de distância, encontra-se o Musée Lapidaire, dedicado às civilizações antigas, incluindo os Etruscos, Gregos, Romanos e Gauleses. Antes mesmo de entrar, ficará impressionado com o edifício que abriga a coleção, um antigo templo jesuíta projetado em estilo barroco, com um pórtico e ábside decorados com frescos do século XII. No museu, poderá ver vasos, máscaras, vidraria, cerâmica e lâmpadas de diferentes períodos, bem como estátuas, sarcófagos e túmulos. Na capela, encontra-se uma coleção de esculturas galo-romanas, altares e objetos funerários. A entrada é gratuita e, além da exposição permanente, há sempre exposições temporárias a descobrir.
A dois minutos a pé está um museu completamente diferente do anterior. O Musée Angladon é um museu de arte que abriga a coleção de Jacques Doucet, um pioneiro da moda do final do século XIX e início do século XX. Os seus herdeiros fundaram o museu num palacete do século XVIII, onde se exibem pinturas, esculturas e mobiliário de época. Entre as obras mais notáveis encontram-se pinturas de Manet, Picasso, Degas, Sisley e Cézanne. Há até uma pintura de Van Gogh, embora a maior parte das suas obras estejam expostas em Amesterdão.
Antes de terminar o seu passeio por Avignon, visite a Rue des Teinturiers, uma pitoresca rua de calçada que segue o curso do canal de Vaucluse. Entre os séculos XIV e XIX, esta rua era o centro da indústria de fiação e tingimento da seda. Restam quatro rodas d’água das 28 que existiam na época. Passeie ao longo do canal, onde antigas árvores de plátano oferecem sombra, e aprecie as belas casas de pedra antigas. Aqui encontra-se também um dos palacetes mais antigos de Avignon, no número 14, que pertenceu ao entomologista Jean-Henri Fabre. Em julho, durante o Festival de Avignon, a rua ganha vida com artistas de rua e espetáculos ao ar livre.
Agora pode relaxar e decidir se prefere passar a noite em Avignon ou conduzir até Arles para pernoitar e estar pronto para o tour de amanhã. A viagem dura cerca de 45 minutos, por isso escolha a opção que mais lhe convier.
Comece o seu passeio por Arles visitando a sua atração mais famosa, o anfiteatro romano. Foi um dos principais centros de entretenimento na época romana, sendo utilizado durante cerca de 400 anos para entreter os cidadãos com corridas de bigas e combates de gladiadores. Inspirado no Coliseu de Roma, foi construído cerca de 20 anos depois, em 90 d.C., e tinha capacidade para 20.000 espectadores. Repare nas escadarias estrategicamente posicionadas, que permitiam uma circulação rápida e eficiente do público. Impressionantemente, este anfiteatro ainda é utilizado nos dias de hoje, acolhendo touradas e concertos.
A seis minutos a pé encontra-se outro vestígio da ocupação romana em França, o Teatro Romano de Arles. Construído há mais de 2.000 anos, continua a ser utilizado para espetáculos. No seu auge, podia acomodar cerca de 10.000 espectadores, mas atualmente restam apenas os níveis inferiores. Atrás do palco, destacam-se duas colunas, conhecidas como "As Duas Viúvas", que faziam parte do cenário. O cenário original também incluía uma estátua do Imperador Augusto que atingia uns impressionantes três metros. No Museu de Arles, há uma maquete que mostra como o teatro seria na época romana.
Em apenas dois minutos, chega-se a esta imponente praça, onde se encontram a Câmara Municipal e duas igrejas, Saint-Trophime e Sainte-Anne, que se situam uma em frente à outra. No centro da praça, ergue-se um obelisco romano colossal, com 15 metros de altura e esculpido em granito. Descoberto no século XIV, foi colocado sobre um pedestal na praça no século XIX. Originalmente, encontrava-se no teatro romano.
Esta belíssima igreja faz parte do Património Mundial da UNESCO e merece uma visita. Perto do portal oeste, encontra-se um conjunto de esculturas românicas do início do século XII, retratando cenas bíblicas como o Apocalipse. No tímpano, pode ver-se Cristo sentado acima dos apóstolos, com 40 anjos abaixo dele. O interior da igreja é igualmente impressionante, com pinturas barrocas, nove tapeçarias do século XVII, placas e epitáfios do século XIII e antigos sarcófagos cristãos.
Ao lado da igreja, vale a pena visitar o claustro, construído na mesma época e utilizado pelos cónegos, que levavam uma vida isolada do quotidiano. As galerias norte e leste são as mais impressionantes, com cada pilar esculpido a contar uma história bíblica diferente, incluindo São Estêvão sendo apedrejado e Moisés a encontrar Deus.
A um minuto da praça, encontra-se um dos locais mais misteriosos de Arles, os Criptopórticos, uma rede subterrânea de túneis localizada sob o que foi o fórum romano. Curiosamente, esta estrutura foi construída pelos gregos, antes da chegada dos romanos. O seu uso exato ainda é desconhecido. Túneles como estes eram frequentemente usados como celeiros, mas a humidade de Arles tornaria essa função inviável. Outra hipótese é que tenham servido para abrigar escravos ou como base estrutural para monumentos construídos acima. Prepare-se para um ambiente frio e húmido, mas a visita vale muito a pena.
Agora que explorou a parte da manhã, pode almoçar num dos restaurantes próximos, como L’Apostrophe ou El Paseo, a caminho da primeira paragem da tarde.
A quatro minutos dos Criptopórticos, encontra-se a Fondation Vincent Van Gogh, onde pode aprender sobre a vida deste icónico pintor, com especial foco no período que passou em Arles. Algumas das suas pinturas originais estão em exibição, incluindo um autorretrato. O espaço também acolhe exposições temporárias, trazendo obras emprestadas de outros museus. Além das obras de Van Gogh, a fundação apresenta trabalhos contemporâneos de artistas influenciados pelo seu legado.
A apenas dois minutos a pé, encontram-se as Termas de Constantino. O imperador Constantino, que governou no século IV d.C., mandou construir este complexo de banhos romanos. Foram escavadas no século XIX e estão entre os banhos romanos mais bem preservados de França. Durante a visita, poderá ver o caldarium, onde a água era aquecida, o tepidarium, a piscina de água morna, e o laconicum, o banho de vapor.
O último destino do tour é o Musée Réattu, o principal museu de arte de Arles, situado num antigo mosteiro. O espaço tem o nome de Jacques Réattu, um pintor francês do final do século XVIII e início do século XIX, que doou muitas das suas pinturas e esboços à cidade. O museu exibe mais de 800 obras de Réattu, bem como desenhos e pinturas de Pablo Picasso. Além disso, destaca-se a vasta coleção de fotografia, incluindo fotografias de moda captadas pelo renomado fotógrafo Richard Avedon.
A 21,2 km a sul de Avignon, encontra-se Saint-Rémy-de-Provence, uma pitoresca vila rodeada por olivais e vinhas. O local tem um cenário deslumbrante, situado aos pés das Montanhas Alpilles, onde há trilhos para caminhadas e ciclismo.
A vila é famosa por ser o berço de Nostradamus, o astrólogo e médico célebre, e também pelo seu vínculo com Vincent Van Gogh. O pintor passou um ano em tratamento no Mosteiro de Saint-Paul, onde criou algumas das suas melhores obras, incluindo "A Noite Estrelada". O seu quarto foi preservado tal como era quando ele ali ficou. Visite o mosteiro e faça um dos percursos organizados pela vila, passando pelos locais onde Van Gogh pintou as suas célebres obras.
Saint-Rémy-de-Provence tem as suas origens na Antiga Roma, e na entrada sul da cidade encontram-se os vestígios da cidade romana de Glanum. Junto a este local, pode ver um mausoléu romano e um impressionante arco do triunfo, o mais antigo do país.
A Provença é famosa pelos seus mercados ao ar livre, e Saint-Rémy acolhe um mercado fantástico às quartas-feiras de manhã. Este mercado cobre uma área vasta, incluindo o centro da cidade, ruas laterais e a estrada circular em torno da parte antiga da cidade. Aqui pode comprar frutas e legumes frescos, iguarias locais, produtos de lavanda como sabonetes e perfumes, e tecidos coloridos típicos da região.
Um pouco fora da cidade, encontra-se o Carrieres de Lumières, um impressionante espetáculo de luz e som. Centenas de imagens de pinturas de artistas famosos, como Cézanne e Van Gogh, são projetadas nas paredes de 30 metros de altura e no chão, acompanhadas por música envolvente.
Também nos arredores da cidade, encontra-se a vinícola Chateau Romanin, uma propriedade com 250 hectares, dos quais 58 são dedicados ao cultivo de videiras. Produz vinhos tintos, rosés e brancos e possui uma agradável sala de degustação. O design da adega foi inspirado no chateau original, cujas ruínas podem ser visitadas nas proximidades.
Saint-Rémy-de-Provence acolhe vários festivais ao longo do ano. Um dos mais conhecidos é a Transumância, celebrada em maio para marcar a tradição de levar os rebanhos para pastagens mais altas. Durante o evento, há um desfile ao longo da estrada circular da cidade, com milhares de ovelhas, pastores e cães pastores a participar.
No mês seguinte, ocorre o Festival de Saint Eloi, em homenagem ao padroeiro dos cavalos. Durante a celebração, a estátua do santo é transportada pelas ruas, acompanhada por músicos, cavalos decorados e habitantes vestidos com trajes tradicionais.
Avignon conta com uma grande variedade de restaurantes, desde espaços premiados pelo Guia Michelin para ocasiões especiais até locais mais informais e acolhedores.
Arles conta com restaurantes que servem pratos tradicionais da Provença e outros com influências mediterrâneas, garantindo uma oferta diversificada.
O melhor clima é de junho a agosto, quando o tempo é quente e seco, mas as cidades ficam mais cheias e os hotéis são mais caros. Os meses de março a maio e outubro a novembro oferecem temperaturas agradáveis e menos turistas, mas outubro é um mês chuvoso. De dezembro a fevereiro, as temperaturas variam entre 9°C e 15°C, mas muitas atrações permanecem abertas e sem multidões.
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